Wednesday, December 15, 2010

How long does it take to mend a broken heart?

Eu quero perder o controle. Me apaixonar. Será que é possível? Quanto tempo leva pra curar um coração que foi quebrado?

Esta semana dormi com o Sashimi e com o Fadinha. Me distraí, diverti, gozei... fui elogiada, assediada. Me senti bem na própria pele, poderosa e linda. Hoje vou conhecer um cara, amanhã outro e sexta mais um. Não vou transar com eles mas são todos parceiros em potencial. Mas o que eu quero mesmo é me apaixonar, me perder. Fiquei cinco anos em um casamento com pouco sexo. Meu marido era um cara complicado, usava sexo como barganha, um horror, dizia que não conseguia acompanhar a minha libido. De repente, aquele homem monástico tem um momento Hugh Grant e me trai com uma prostituta. Um homem que nem gosta de sexo é pego com uma puta!! Nem preciso dizer que minha auto-estima foi parar no dedo do pé. Agora busco me validar através do sexo. Quero ser desejada. Objeto sexual. Você nem precisa gostar de mim, contanto que me coma bem. Mas de vez em quando bate uma saudade... é tão bom estar casada, ter um companheiro. E é tão difícil gostar verdadeiramente de alguém. Sashimi está apaixonado, já disse que quer namorar, que faz tudo por mim. Fui categórica “I'm unavailable”.

Eu quero namorar mas tem que ser com a pessoa certa! E o Sashimi, apesar de ter uma pele que é uma seda, é meio sem graça, meio peixe cru..... Fadinha, o nome já diz, é uma moça e não sabe. Porém, me come direitinho – uma pena que tenho vergonha de ser vista em público com qualquer um dois dois. Tem o S. claro, artista, gente boa, me come uma vez por semana mas.... S. transa, transa e não goza. Problemão.... ah Senhor, me mande um homem gato, bom de cama e rico, please!! Eu mereço depois do ano que eu tive!

Então estou nesta busca – de amor, de mim mesma. Quero me apaixonar e ao mesmo tempo, sinto tanto medo. Não quero ser enganada, traída, humilhada, iludida de novo. Quero o amor tranquilo do Cazuza.....

Enfim, enquanto não acho a pessoa certa, vou gozando com as erradas :-P


Saturday, November 13, 2010

Eternal Sunshine

Agora existe só esta dor constante. Você se foi, ou melhor, eu mandei você embora. Me mantenho ocupada, o foco principal da minha vida agora sou eu, minha dor, eu, eu e meu umbigo e mais ninguém importa, além da minha felicidade. Mas como eu vou conseguir ser feliz sem você do meu lado? Estou lendo um livro chamado Dry que é sobre a luta de um alcoólatra para se manter longe do álcool. E aconteceu algo muito estranho porque eu estou percebendo que o amor é uma espécie de vício. Como um cara que quer o seu fix do dia eu tenho momentos que sinto uma saudade tão cortante, tão terrível que realmente tenho que me conter e me distrair e me iludir com qualquer outro tipo de coisa/pessoa pra não pegar o telefone e te ligar. A falta que sinto de você é algo que dói constantemente, quase visceral. Posso estar feliz, rindo com amigos ou enroscada com um homem infinitamente mais gostoso que você e, ainda sim, é em você que eu penso. Existe uma nuvem, um peso, uma tristeza infinita. Por que? Como pode? Você mereceu me perder mas eu não merecia o castigo de não te ter mais por perto. Te amo. Agora, sempre. Seu cachorro, eu queria tanto te odiar e não consigo.


Desde que você se foi eu conheci 19 caras, dormi com 8, tirei a virgindade de um, me apaixonei vagamente, senti uma atração irresistível por outro..... mas você permanece de alguma forma na minha mente. Me deixe em paz, eu te imploro. Me deixa ser simplória, promíscua, fútil... só quero não ter mais que pensar em você. Tem tanto homem neste mundo e parece que eu só me contento com você. Meu crack, meu copo de vinho, minha cocaína. Tudo junto, e eu sentindo este craving terrível, esta dor e perda que não têm nome nem sentido. Eu não ligo mais pra que dia da semana ou do mês estamos, são todos iguais porque são simplesmente dias que não estou contigo. Já fazem meses, nem sei quantos, e a dor não passa.


Queria ser alcoólatra agora, pelo menos eu saberia o que fazer: procuraria o encontro do AA mais próximo e iria me entupir de terapia e escutar a miséria humana dos outros e entender o porque de tanta coisa, os motivos do meu vício.... talvez seja uma idéia, vou comecar o BHA – Broken Hearts Anonymous. Hi, my name is Tatiana and I got a broken heart. It all started when my husband slept with a hooker in Thailand and got a VD and had to tell me about it….Im the victim! Feel sorry for me! I was a good wife! E o pior é que no último ano do nosso relacionamento nem feliz eu estava. Quer dizer, eu era feliz mas estava frustrada. Mas talvez todas as pessoas se sintam assim depois de um tempo de casadas. Deixa, não quero mais pensar no que éramos, no amor que existia entre a gente. Só quero me ocupar, esquecer, “eternal sunshine of the spotless mind” baby, sign me up! Apaga tudo, não deixa nenhum resquício. Melhor, volta no tempo, finge que não existiu, que não aconteceu. Quero ter o meu chão de volta, a minha vida. Quero acreditar no amor de novo, quero voltar a ter alguma inocência. Preciso ir. Vou conhecer um novo cara, me distrair e iludir por uma noite. Está difícil demais. Eu sei que amanhã vou acordar de ressaca, sentindo a sua falta mais do que nunca. E o ciclo se repete até quando? Quando exatamente eu paro de pensar em você?


Thursday, November 11, 2010

Voltei. Porque preciso botar pra fora, exorcizar, vomitar. Voltei mesmo que ninguém volte comigo e eu me sinta tão sozinha aqui quanto me sinto na minha vida privada. VOLTEI.

Saturday, January 26, 2008

" É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada.

Não há nada a ser esperado. Nem desesperado."

Caio F. , sempre!

Thursday, January 24, 2008

Quando cada minuto conta……

O ano que passou foi de muito conflito. Com o marido, comigo mesma. Passei meses pra entender que estar casada e feliz é tranquilo mesmo, que é isso aí, que eu achei alguém que eu verdadeiramente amo e que sim, é o fim de uma fase que foi muito boa, mas também o começo de outra, mais madura e enriquecedora. É engraçado que mesmo estando casada há mais de dois anos eu tenha por tanto tempo resistido à idéia de que amar, me dedicar, mostrar preocupação e carinho, que essas não são fraquezas, mas simplesmente parte natural do relacionamento. Estranho como eu resisto tanto a algo que é absolutamente natural pros outros. Mesmo fazendo trinta anos em breve, às vezes me sinto tão adolescente... quando eu era mais jovem eu acreditava que a idade trazia conhecimento instantâneamente, “- parabéns Dona Sugar, aqui está o seu manual 30 anos, leia tudo direitinho e comporte-se e pense conforme a sua faixa etária.” Hoje eu vejo que o normal das pessoas não é necessariamente o meu normal, e que isso é bom, porque o normal dos outros simplesmente não me faria feliz. Eu preciso questionar, analisar – não é uma escolha, mas uma necessidade. Deve estar funcionando, porque eu nunca estive tão feliz.

Durante esta busca por auto-conhecimento eu senti uma vontade enorme de me reconciliar com o meu pai. A verdade é que passei boa parte dos últimos anos com culpa por estar com raiva do meu pai. Enquanto eu estava longe mas ele estava saudável a culpa era controlável, mas depois que ele descobriu o câncer, passado o choque da notícia, a culpa era insustentável. Sim, porque se sentir raiva já é ruim, ter raiva de uma pessoa doente é pior ainda. Arrumei minhas malas e fui pro Rio ficar com ele. Nos primeiros dias achei que fosse enlouquecer, depois percebi que o meu pai transcende o conceito de entendimento, que suas escolhas não são racionais, mas que se eu não consigo verdadeiramente entendê-lo, eu posso pelo menos aceitá-lo e ter a certeza de que ele é o que é e de que não vai mudar. Suas escolhas de vida não seriam as minhas, suas opiniões não me agradam e eu sinto que ele não me conhece direito mas, quer saber? Talvez isso não seja tão importante, porque graças ao bom Deus nós somos pessoas diferentes (ou talvez parecidas demais pra se reconhecer no outro), e muito do que eu sou é por influência dele. No fim, com um pouco de álcool e algumas palavras amargas, atingimos um ponto de acordo. Consegui perdoar o meu pai por tantas coisas que ele nem faz idéia, e que talvez seja melhor assim. O perdão foi um grande passo, foi um bem que fiz a mim mesma. Encontrei uma paz em mim que nem sabia que existia. Voltei a sentir um amor profundo pelo meu pai, sem raiva, sem críticas.

O ano acabou de forma perfeita, eu voltando do Brasil, feliz, renovada, numa festa na casa da minha irmã. Quando me perguntaram qual era a minha resolução de fim de ano, simplesmente disse “keep up the good work” algo como “prossiga com o bom trabalho”. E é isso mesmo, porque do meu jeito, meio anormal e lerdo, eu estou chegando lá.

d-_-b “cause = time” – Broken Social Scene

Friday, November 09, 2007

De um recado deixado pra Bel....

"Eu tô aqui, no Rio de Janeiro, curtindo esta vidinha de mordomia em condomínio fechado, do alto do vigésimo andar. Rio de Janeiro tem um pouco de Mônaco e muito de Calcutá...rs.... é muito estranho, acho que desacostumei. Agora vou nessa, porque no Brasil sou meio perua e já estrou atrasada pro Pilates...."

Wednesday, October 24, 2007


Aniversário de dois anos de casamento. Não dá nem pra descrever o quanto evoluímos e crescemos nestes últimos anos. Existe cumplicidade, companheirismo e uma inconstância da minha parte que só aqueles com menos de 30 anos entendem. Amor mutante e delicioso. Felicidades pra mim e pro Vertigem.

d-_-b "We Dance" - Pavement