Wednesday, July 11, 2007

How are things on the west coast?

Vontade de marcar presença por aqui e dar uma vomitada verbal, só pra não perder o costume. A vida anda boa, em termos, porque sempre existe uma forma de conflito, externo ou interno, mas começo a achar que é assim que deve ser mesmo. E como vai o casamento? O povo quer saber....

O casamento vai, quebramos o pau no divã do analista a cada duas semanas, temos momentos sublimes e lindos e fofos que definitivamente não permanecem, se perdem num cotidiano de reclamações, implicância e raiva.... uma raiva por termos mudado, por não sermos mais tão jovens e idealistas e inconsequentes e por não acreditarmos mais naquele amor inocente do início..... provavelmente a coisa mais decepcionante que aconteceu na minha vida. Porque eu sempre acreditei que o amor valia à pena, que por ele valia sofrer, chorar, mentir.... hoje em dia acho que o amor vem com um prazo de validade: se você ama realmente alguém, não fique com esta pessoa por mais de alguns anos. Não more junto. Tente congelar seu relacionamento naquele momento delicioso do início, onde você e o outro ainda são a coisa mais maravilhosa que poderia ter acontecido, antes do fim do tesão, de viagens desastrosas pro Brasil e problemas domésticos que beiram ao ridículo. Sim, porque brigar porque não é a sua vez de lavar a louça é ridículo, mas acontece com mais frequência do que eu gostaria de admitir. E tem o tesão, né? Ó céus, me sinto um clichê ambulante, uma coisa bem “vulcão adormecido”, sabe?rs.... sou um acidente prestes a acontecer.....outro dia, perdida numa dessas noites etílicas e sans Vertigem, me peguei dançando um forró bem agarradinho e dando uma fungada cheia de vontade num pescoço alheio. Parei, claro, porque isso aqui é um casamento que eu ainda estou tentando salvar, talvez por “amor”, talvez por estupidez, mas a verdade é que estou fazendo tudo que eu posso pra salvar este relacionamento, estou lutando por ele e não vou deixar um pescoço perfumado me tirar do prumo. E também porque existem estórias que não valem à pena ser repetidas. De resto, continuo com minha franjinha jovial e com minha lojinha que só me dá alegria..... com planos concretos de ir ao Brasil em novembro e, antes disso tem o show dos Pumpkins aqui, na minha cidade, Santa Blues, dia 20. Tenho tido fantasias ridículas, tipo Billy tocando “Luna” pra mim e me fazendo lembrar dos tempos ingênuos da minha vida, em que o amor ainda era puro e lindo e que talvez nem fosse realmente tudo isso, mas eu pelo menos acreditava que era. É foda amadurecer, viu? Preferia mil vezes voltar três anos na minha vida, naquela época onde o Vertigem era o cara mais doce do mundo e eu era a foda do século pra ele, e ele era Deus, e não existia mais nada nem ninguém entre a gente. Eu era ingênua e feliz. Quando foi que tudo ficou tão complicado entre a gente? Quando foi que eu parei de acreditar? Quando foi que apagamos a luz?

d-_-b “On Call” Kings of Leon

2 comments:

Bel said...

nossa, sugar... eu nem sei o que falar. nunca passei por esse tipo de coisa, e não tenho idéia da decepção que deve estar assolando seu coraçãozinho.
mas acho que você já passou perrengues tão incríveis que reconquistar uma paixão, ainda mais prá você, não deve ser um desafio tão cabuloso assim.

claro que deve estar te doendo... mas não sei, todo mundo fala que todo casal tem crises e mais crises e chegam ao 'quase fim' muitas vezes. persiste, gata. se você achar que não tá mais te fazendo bem MESMO, daí é outra história.

queria muito ver você feliz, tá?
=*

Anonymous said...

Puxa, minha querida...
o problema com o amor é que ele é mutante, assume outras formas, e se não soubermos compreender e nos moldar, a vida acaba por nos perder...
Espero que algo aconteça, seja o que for, que te faça feliz de novo!
Só isso o que importa, afinal... ser feliz!
Um beijo!!!!!!!!!!!

Ah, quando vier ao Brasil me avisa!